A melhor forma de preparar os nossos filhos para este mundo é tratá-los bem.
A ferramenta mais poderosa para que eles vinguem numa época onde há tanto ódio, é dar-lhes muito amor.
Porque se os nossos filhos souberem, desde cedo, o que significa serem respeitados, bem-tratados, compreendidos e amados, então saberão mais facilmente o que não lhes serve. Saberão o que não podem permitir, o que significa desamor, o que não corresponde à forma como foram amados e educados.
Sentirão o contraste em tudo o que não venha de um lugar bom. Terão sempre uma luz quente no coração, que os relembrará o que mais importa.
Tratar bem um filho, amar incondicionalmente, não é permissividade. Não é deixar fazer tudo. Em nada se relaciona com facilidades. É simplesmente plantar a semente da empatia, da conexão e de um afecto que torna o interior mais robusto de amor.
E o amor é a base da resiliência. É o que permite atravessar todas as dificuldades.
Sem amor, somos apenas uns corpos andantes e finitos.
As pessoas confundem muito isto. E acham que para preparar um filho para um mundo duro e difícil, então têm de começar cedo a exigir o máximo possível.
Mas estão enganadas, creio. Preparar um filho para o “mundo cão” que supostamente temos, é empurrar para que faça parte dele. É contribuir para que normalize o que sempre lhe disseram que tem de ser. É deixá-lo frágil e carente de afecto.
Prefiro amar muito, tratar bem, compreender, respeitar para lá da autoridade que sou, não exigir o que não me faz sentido. No fundo, prefiro educar para o mundo em que acredito, para um mundo fundamentalmente bom, que eles possam ajudar um dia a construir.